Fim da Federação PSDB/Podemos beneficia Hildon Chaves em Rondônia



O cenário político em Rondônia foi balançado pela decisão de interromper as negociações para a fusão entre PSDB e Podemos, que inicialmente parecia certa após a convenção nacional do PSDB. O impasse sobre o controle do novo partido resultou na ruptura das discussões, beneficiando particularmente o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB), que já havia se preparado para uma possível transição para o União Brasil. O prefeito Léo Moraes, desafeto de Hildon Chaves, estava cotado para liderar a federação em Rondônia, tornando a situação ainda mais complexa no estado.

A proposta do Podemos para liderar a futura legenda unificada por quatro anos foi rejeitada pelo PSDB. Em resposta, tucanos propuseram um modelo de liderança rotativa, não aceito pelo Podemos, culminando na desistência da fusão. Atualmente, o PSDB e o Podemos têm representações similares no Congresso, o que evidencia a importância estratégica de qualquer união ou aliança entre as siglas.

O PSDB, em declínio desde seu protagonismo político na era Fernando Henrique Cardoso, busca agora estratégias alternativas. Com a saída de nomes influentes como Eduardo Leite e Raquel Lyra para o PSD, os tucanos olham para novas alianças através de federações. Ao contrário das fusões, essas parcerias podem ser desfeitas após quatro anos, permitindo certa autonomia aos partidos.

As federações são vistas como uma solução viável para manter relevância política, garantirem acesso ao fundo partidário e assegurarem presença em propagandas eleitorais. Enquanto a aliança com Cidadania prossegue, o PSDB explora novas federações com partidos como Republicanos, MDB e Solidariedade, além de manter o canal aberto com o próprio Podemos.

Esse rearranjo político reflete a contínua busca por influência e estabilidade no cenário nacional, com impactos diretos no jogo político estadual, especialmente em Rondônia, onde Hildon Chaves emerge como um dos beneficiados.